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Bjus

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um ícone Palmeirense chamado DUDU.

Olegário Toloi de Oliveira, o Dudu, é um dos maiores ícones do Palmeiras, e esteve em Indaiatuba no último de 17 e gentilmente conversou com o além do Jogo.

Acompanhando o time do Ypiranga, a convite do Maurão Pardal, Dudu passou a tarde no Esporte Clube XV de Novembro.

Dudu, hoje com 70 anos teve uma carreira magnífica no Palmeiras. Vindo do Ferroviária de Araraquara, chegou ao Verdão em 1964 e formou com Ademir da Guia a dupla de meio-campistas mais espetacular que este país já conheceu. Conquistou pelo Palmeiras os títulos Paulistas de 66,72 e 74, Brasileiros de 72 e 73, além do Robertão e Taça Brasil de 67, entre vários outros títulos. Encerrou a carreira de jogador em 1976 e assumiu o comando técnico do Palmeiras no mesmo ano, sagrando-se campeão paulista também como treinador.

Foi um marcador dos mais implacáveis, um guerreiro dos mais incansáveis, um líder dos mais respeitados da história do futebol, pelos companheiros e pelos adversários. Enquanto Ademir da Guia dava o toque de magia à meia-cancha, era Dudu quem carregava o piano, gritava com o time e peitava qualquer adversário.

Uma das histórias mais espetaculares sobre Dudu foi na final do Paulista de 1974. O Corinthians estava num jejum de 20 anos sem ser campeão paulista, e sua torcida ocupou mais de 80% do Morumbi. A final contra o Palmeiras era tudo que a torcida deles queria sair da fila em cima do Palmeiras. Chovia em São Paulo, e o Juiz marcou uma falta perto da área a favor do Corinthians. Rivelino, também conhecido como a “patada Atômica”, tal a potencia de seus chutes, correu para a bola e disparou. Encharcada, a bola de capotão pesava bem mais que o normal, e atingiu Dudu em cheio no rosto. O camisa 5 do Verdão foi a nocaute.

Carregado para o lado das traves de Leão. Dudu ainda estava sendo atendido pela equipe médica, quando o juiz assinalou outra falta para o Corinthians, mais ou menos na mesma posição. Rivelino novamente pegou a bola. Dudu, ainda zonzo, se desvencilhou dos médicos, que ainda não estavam certos de sua condição, entrou correndo no campo e foi o primeiro a se portar para formar a barreira, inclinado o corpo para frente, como que desafiando o adversário. O Morumbi, perplexo, se calou. Rivelino então correu para a bola, armou o chute... e fez um chuveirinho para a área, que não deu em nada. A torcida do Corinthians emitiu um som de decepção, e a do Palmeiras foi ao delírio. Final de jogo, Palmeira 1 x 0 Campeão!!!

30 anos depois, a Academia de História do Palestra fez um jantar em homenagem ao ídolo, onde Dudu foi perguntado sobre o Lance, Dudu, humilde disse que não fez aquilo para desafiar Rivelino como ficou parecendo, que ele apenas quis ir para a barreira para proteger a meta do Palmeiras.

Em 26 de janeiro de 1976, Dudu fez sua última partida pelo Verdão

Foi com esta mesma humildade e com muita simpatia que este Ícone palmeirense conversou comigo e alem da foto ainda respondeu a algumas perguntas:


1) Dudu fiz aqui um resumo da sua história gloriosa enquanto jogador, o que você fez quando parou de jogar?

Resp.: Fui treinador durante aproximadamente 15 anos, passando por Palmeiras, Ponte Preta, América-RJ e Coritiba.

2) Porque encerrou a carreira de treinador tão cedo?

Resp.: Por questões financeiras, naquela época os times do interior não tinham muito recurso financeiro e por ser da capital eu praticamente estava pagando para trabalhar.

3) Você me disse que fez parte da Associação de Ex-atletas profissionais. O Que esta associação fazia?

Resp.: Trabalhos sociais juntos as crianças de baixa renda, onde procurávamos ensinar como jogar futebol, mas principalmente nos preocupávamos em tirá-los da rua.

4) E hoje qual a sua atividade?

Resp.: Hoje sou supervisor de esportes na subprefeitura de Santo Amaro, onde temos um projeto chamado Clube Escola.

5) Fale um pouco deste projeto.

Resp. São Paulo é dividida em subprefeituras, são 31 subprefeituras e em todas elas este projeto foi implantado, o clube escola não é somente do futebol, são várias modalidade como vôlei, basquete, futsal, ginástica aeróbica, karate e muito mais, atualmente o projeto beneficia aproximadamente 230 mil pessoas. É um projeto social, mas onde fazemos parceria com núcleos de treinamentos de competição e se o atleta demonstra potencial técnico o encaminhamos para estes núcleos, que desenvolvem trabalho direcionados á olimpíada de 2016.

Dudu, eu te agradeço imensamente por esta entrevista, e lhe desejo muita saúde para que você possa continuar compartilhando esta sua vitalidade e sabedoria.

Agradeço pela matéria e as fotos, estão muito boas, manda um grande abraço ao Mauro Pardal.

3 comentários:

  1. Denise..louvável o seu trabalho em valorizar os ícones de nosso esporte. Pessoas como Dudú estão acima da rivalidade de torcedor. Eu, como bom santista, fico feliz em saber que um palmeirense faz este trabalho social que o Dudú está realizando. Pena que nosso País não tenha essa cultura de prestar homenagens a quem muito já fez pelo esporte.
    Parabéns

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  2. Achei interessante vc abrir seu próprio espaço onde não ficará a mercê de ninguem para ver aquilo que realiza. "dê a quem merece o justo respeito".

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  3. Valeu, Arthur!

    Obrigada pelo carinho de sempre.

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